segunda-feira, novembro 20, 2006

Em vermelho

Onde é que está o limite
Entre o imoral e o permitido?
Dentre quais flores
É que tu serás capaz de me conhecer?
Estás atento? Olhe mais de perto
Onde é que a ponta da faca bate?

As indicações, as marcações
São falsas
Será o fundo rochoso do rio
Suficiente para abrigar
O pesado corpo estático
De vossa senhoria?

Me diga, caro amante
Onde é que a ponta da faca bate?


Incontestavelmente eu**

sábado, outubro 28, 2006

Azul

Tua ideologia cá não cabe mais
Busques por outro que te acolha
Mas te digo desde já,
Não será aquela estrela quem te salvará.


Incontestavelmente eu**

Almoço


Eu precisava tocar a cadeira,
Era um hábito maníaco que me consumia
Não era algo meu,
Era de Heleonor esse costume maldito.

Incontestavelmente eu**

segunda-feira, setembro 04, 2006

Less than me

Entre todos os incoerentes
Eu era o único com o braço levantando
Era o único em busca de um "e se..."

Sou aquele que clama por um "sim"
Sou aquele humano imperfeito
Que cruza teu caminho entre as magnólias

Entre todos os seres,
Sou o único capaz de te olhar nos olhos
E te amar.



Incontestavelmente eu**

Cedro

Quem é que escreves aqui?
Sou eu, aquele estrategista cintilante
Já como todas as bocas dizem:
A história é escrita pelos vencedores.


Incontestavelmente eu**

Secura / Indiferença

Já diminuiu
Bela e lindamente
O inchaço causado
Pelas minhas unhas a rasgar a carne
Sedentas por sangue.

Incontestavelmente eu**

sábado, setembro 02, 2006

(Sem Título) XII

E até as pétalas das rosas
Que exalam o teu cheiro
Já choraram
Pelos passos perdidos
Que caminhariam aos céus

Não se deixe ser corrompido,
Seja levado pelos anjos e
Ai sim,
Os corrompa.



Incontestavelmente eu**

segunda-feira, agosto 28, 2006

Teu sorriso

Como ainda não percebes?
A dor fulminante já não basta?
Ainda queres a minha humilhação?
Como é que ficamos, minha bela?
Não ficamos,
Pois já me pus a ir...


Incontestavelmente eu**

sexta-feira, agosto 25, 2006

(Sem Título) XI

Minhas mãos ficam marcadas na mesa
É como se o suor me transformasse em humano
Nem mais os roxos dos tombos são visíveis

Talvez o que mais me toca
Não são as lágrimas presas nos olhos
Mas sim as palavras
Que tento te roubar dos lábios

Não adianta mais piscar os olhos
Já envelheci
Mas ainda mantenho aquela bela coroa sobre a mesa
Na qual tu tocaste apenas uma vez,
Mas é aquele único momento
Que foi capaz de me imortalizar.

Incontestavelmente eu**

terça-feira, agosto 22, 2006

Breathe

E por incitação mútua,
Tu me beijaste
Foi como tocar o chão
Uma verde agitação me invade
Mas o vento carrega os estilhaços
Para quem sabe, um campo de centeio
Ou para o pé do teu ouvido.


Incontestavelmente eu**

sábado, julho 29, 2006

All Good Things Come to an End

Já me cansei de correr,
Não fostes ti quem me desejou?
Pois cá estou eu,
Diante de ti

Não há porque isolar as maneiras
Mas eu te garanto
Que irei te corroer aos poucos com palavras
Tu irás morrer um pouco diariamente

Os gritos meus foram abafados
E eu não ousarei se quer derramar uma lágrima por ti
O céu já não tem estrelas,
A natureza acompanha a minha desilusão

Tu serás o primeiro ser humano a morrer de culpa.

Incontestavelmente eu**

segunda-feira, julho 24, 2006

(Sem Título) IX

A cidade está em chamas
O paraíso tomba perante meus pés
Tua ausência não é notada
Os lírios murcharam
As penas se soltam da armadura
E a tua queda surda não me revela nada além do que já sabia:
Tu és uma mentira.


Incontestavelmente eu**

quinta-feira, julho 06, 2006

Passive aggressive bullshit - um poema sobre desilusão


Tente acompanhar as minhas sombras
Vês como elas dançam?
Consegues sentir a mesma brisa que eu?
Onde estão as tintas?
Com a mordaça, teus lábios se movimentam mais lentamente
[do que o normal
Mas mesmo sem ela, tuas palavras não me chegam
E os pincéis? Onde os deixei?
Não identifico mais a tua face, já me és um estranho

As pontas não se tocam
A claridade abafa os anseios
E já não sei se tu me amas

E a palheta? E a tela?
Nada disso importa,
Pois não tenho uma paisagem para pintar
(nosso futuro se desmoronou diante dos nossos olhos
e tu nem se comoveste com tal)

Incontestavelmente eu**

segunda-feira, junho 19, 2006

Queda

E como trilha sonora da minha desgraça,
Escuto o riso das crianças
Enquanto todo o resto do mundo rodopia,
Como a bela bailarina de negro,
Meus lábios vagarosamente
Tocam o chão gelado
Durante a minha queda
À insanidade.

Incontestavelmente eu**

sexta-feira, junho 09, 2006

Durante a semana

Porque toda a semana passa. Aparentemente, umas mais rápidas do que outras, mas elas sempre passam. E nós, em sua maioria, contam as horas para que o final de semana chegue mais rápido ainda. Mas o que talvez ainda não tenha passado pela sua cabeça, é que para muita gente, no mundo inteiro, a semana pode não chegar ao fim. E o pior de tudo: em uma semana no seu futuro, ela também não vai chegar até o domingo.
Talvez seja pelo fato do final de semana trazer tanto prazer, que muitos pouco se preocupem com a segunda-feira, e muito menos com a quarta-feira. Mas o que você pode começar a fazer, é inverter a sua lógica de raciocínio, e passar a se preocupar com o que lhe acontece durante a semana, pois essa pode ser a sua última.

Incontestavelmente eu**

domingo, abril 23, 2006


Quando foi que me dei conta de como sinto falta das flores azuis?


Incontestavelmente eu**

segunda-feira, março 20, 2006

Nessa noite

Naquela noite,
Só eu assisti
À dança dos raios e trovões rasgando os céus

Só eu senti
O vento gelado
Nas minhas têmperas à me acariciarem

Só eu vi
A luz dos céus
Iluminarem a noite

Hoje, só eu vi.


Incontestavelmente eu**

quinta-feira, março 16, 2006

Everytime, all the time

Nas águas,
Agora tudo é revelado
As flores
Já não cantam por ti
Mas sim por nós

Até os pássaros
Cantam a canção
Do amor
Que até então,
Era esquecida pelo vento

Don't leave me

E as cores
Que pintaram a bela paisagem?
Onde estão as notas
Que nos trouxeram aqui?

Todas expostas
Na nossa frente,
Despidas de mentiras.


>> To my husband <<


Inconstestvelmente eu**

segunda-feira, março 13, 2006

As low as you go

E tu,
Humano com passos errantes,
Que por um descuido do destino,
Cruzou meu caminho

Um descuido
Que trouxe lágrimas,
As quais não foram bem-vindas

Não ouses
Despertar a dor
Se não, será esta
Quem irá te consumir,
E não a vida
(como deveria ser).

>>To Blue Boy<<


Incontestavelmente eu**

quinta-feira, março 09, 2006

Sobre 2²

>
Me é vestido o manto da culpa
E nem sei porque sou condenada

Não te fiz nada,
Nem a você ou ninguém, nunca

Sempre amei vocês,
E vi o tempo passar lentamente
Enquanto passos me confundiam e ninavam

<
Não quero ser a razão da tua miséria,
Mas sim, a razão do brilho nos teus olhos
Sempre te amei
Me desculpe, me perdoe e não se vá.


Incontestavelmente eu**

domingo, março 05, 2006

Morte

Não há como
Pois a distância diminiurá,
É inevitável que não nos encontremos
Mas prefiro me esquivar

Sei que um dia será a resposta para todas as perguntas,
Mas talvez simplesmente prefira viver nessa ignorância plena

Opto por não te ver,
Mesmo sabendo que me persegues

Tu sabes que me apavora o fato de estar ao seu lado,
Mas mesmo esse temor me traz o conforto de estar ao lado dela, dela e de todos os outros que tu abraçou

Peço apenas a ti que me possuas antes que os outros,
Pois não aguentaria sentir dor pior do que já senti.


Inconstestavelmente eu**

sexta-feira, fevereiro 24, 2006


Não te quero só para mim, mas te quero eternamente.


Inconstestavelmente eu**

quinta-feira, fevereiro 23, 2006

(Sem Título) II

Como usar a lógica
Quando você está aqui?
Como ser racional
Quando você não está?


Incontestavelmente eu**

Já vou

Tua vida em minhas mãos
Tua alma aos meus pés

O egoísmo me toma
E sinto as moscas se aproximarem

Escuto os teus gestos
E estudo seu olhar

Já não tenho medo
Então logo irei partir

Adeus minha bela.

Incontestavelmente eu**

segunda-feira, fevereiro 20, 2006

Carta de um Suicida

Meus familiares,

Peço, em primeiro lugar, desculpas por partir sem avisar, e temo que esta seja uma ida sem volta.
Encontrava-me em estado deplorável, e provavelmente, nem aqueles que conviviam comigo poderiam dizer isso, pois minha aparência era impecável. Mas somente eu sabia o que passava no meu interior...
Minha vida já não é a mesma, na verdade, continua sendo a mesma, e isso que me fez refletir e rever todos os meus valores. Nada mudou, toda a minha rotina se manteve a mesma durante anos, e isso em particular me incomodava.
Em meio a toda essa mesmice, me deparei com as perguntas. E foram essas que me abriram os olhos. Percebi que nunca tinha feito nenhum questionamento antes, e conseqüentemente, perdi muitas formas de aproveitar a vida (como nem todos sabem, as perguntas que questionam a vida fazem com que ela tenha sentido). Mas acho que demorei tanto para perguntá-las, que não havia mais lógica nelas. Foi então, quando uma outra pergunta maior me surgiu “Onde vou encontrar as respostas?”. Meus caros familiares, e amigos, sigam o meu conselho, nunca se perguntem isso. Foi essa infeliz questão que me levou a loucura. Mas hoje não sei mais se já era louco antes, mas isso é irrelevante.
Tudo o que me lembro são trevas entre esse meu período de insanidade mental. E foi um período longo e doloroso, coisa que não recomendo nem ao meu pior inimigo.
Sinto em dizer, que a luz me veio depois desta carta. Para ser mais exato, vou vê-la quando estiver com meu canivete sobre meus pulsos.
Ah sim, peço desculpas pelas letras borradas. Foram escritas com o meu sangue. Achei que isso daria um tom dramático para a minha morte, afinal, sei que esta será notada por poucos, e afetará a vida de menos ainda.
Agradeço por toda a atenção de você, leitor, que teve a paciência de ler uma carta de um suicida, encontrada ao lado de seu corpo nu. Perdoe-me pelo horror e provável enjôo que te fiz passar ao ter que retirar a carta de entre minhas pernas... mas tudo isso faz parte do meu “grand finalle” desta noite, como gosto de chamá-la, minha noite.

Grato pela atenção.

domingo, fevereiro 19, 2006

Não há mais você

As palavras que digo aqui,
Não cabem mais em meus lábios
Muito menos os sorrisos,
Ou se quer em teus braços

Nada mais importa
Para essa gente sem feição
Que perde sua imagem
A cada passo andado

Refletida em mim,
Está você
Estava você
Pois hoje não está mais

Você me deixou,
E perdeu sua forma
Em meio à multidão

Agora não vejo nada
Estou perdido não mais nos seus olhos,
Mas sim na ausência deles.

Incontestavelmente eu**

quinta-feira, fevereiro 16, 2006

Não há

Não peço o teu amor
Mas clamo apenas pelo teu olhar
Foi então, quando pedi ao vento
Que me trouxesse a minha bela flor,
Mas nenhum de nós sorriu.

quarta-feira, fevereiro 15, 2006

Nada mais

Abro as portas para o teu mundo
E tú me mostra a verdade,
A vejo em meio as sombras
Enquanto tú a vê entre águas cristalinas

Abro então, as portas do meu mundo para ti
Nada além da escuridão
E súplicas pela vida
Feitos por aqueles apaixonados na razão

Trago a ti, a alma do mundo
E a ordem sobrenatural do espetáculo da morte

Beije o fogo, e durma com ele
Respire a química que um dia a trará pra mim.


Incontestavelmente eu**

segunda-feira, fevereiro 13, 2006

Seja

Toque minha alma
Beije o meu saber
Flua através da verdade
E veja nada mais além de você

Incontestavelmente eu**

domingo, fevereiro 12, 2006

Lábios de uma Morte

Em cada esquina que paro,
Em todo o rosto que olho,
Quem encontro, és tú
Com um sorriso diabólico
Entre suas madeixas loiras
E seus fulminates olhos azuis

És tú quem me aguarda depois da esquina,
Depois da ladeira que tú devoras

Quando teus lábios vierem de encontro com os meus,
Sentirei a pesada culpa de não ter te sorrido de volta
Naquele fim de tarde que apreciávamos o céu em toda a sua pureza.


Incontestavelmente eu**

E depois?

Os seres humanos ainda continuam a interminável busca pela resposta da pergunta: "E depois?". Mesmo que ainda não saibamos a resposta, muitos de nós acreditamos que a resposta será encontrada depois. Mas quem garante que haja um depois? Se não houver, não teremos jamais a resposta. Sem ela, continuamos a ser os insignificantes e pequenos seres vivos que somos. Continuaremos a sermos privados de conhecimento. E respostas.
E depois? A morte.

Incontestavelmente eu**

(Sem Título)

Enquanto caminho sob as sombras da luz
Toco as negras pétalas da verdade
Sinto a frieza de tuas mãos
E durante tua queda à penumbra
Me deparo com o teu abandono
E com o meu sufoco sem a tua brisa

Incontestavelmente eu**

sábado, fevereiro 11, 2006

Apenas um começo...

Pretendo postar poesias de minha autoria... não posso garantir que todas irão agradar a você leitor, mas prometo que vou tentar mostrar com toda a sinceridade, minha vida e experiências pelas quais passei ou anseio por...

Grata pela atenção...

Incontestavelmente eu**