Me diga, caro amante
segunda-feira, novembro 20, 2006
Em vermelho
Me diga, caro amante
sábado, outubro 28, 2006
Azul
Busques por outro que te acolha
Mas te digo desde já,
Não será aquela estrela quem te salvará.
Incontestavelmente eu**
Almoço
segunda-feira, setembro 04, 2006
Less than me
Eu era o único com o braço levantando
Era o único em busca de um "e se..."
Sou aquele que clama por um "sim"
Sou aquele humano imperfeito
Que cruza teu caminho entre as magnólias
Entre todos os seres,
Sou o único capaz de te olhar nos olhos
E te amar.
Incontestavelmente eu**
Cedro
Sou eu, aquele estrategista cintilante
Já como todas as bocas dizem:
A história é escrita pelos vencedores.
Incontestavelmente eu**
Secura / Indiferença
Bela e lindamente
O inchaço causado
Pelas minhas unhas a rasgar a carne
Sedentas por sangue.
Incontestavelmente eu**
sábado, setembro 02, 2006
(Sem Título) XII
Que exalam o teu cheiro
Já choraram
Pelos passos perdidos
Que caminhariam aos céus
Não se deixe ser corrompido,
Seja levado pelos anjos e
Ai sim,
Os corrompa.
Incontestavelmente eu**
segunda-feira, agosto 28, 2006
Teu sorriso
A dor fulminante já não basta?
Ainda queres a minha humilhação?
Como é que ficamos, minha bela?
Não ficamos,
Pois já me pus a ir...
Incontestavelmente eu**
sexta-feira, agosto 25, 2006
(Sem Título) XI
Minhas mãos ficam marcadas na mesa
É como se o suor me transformasse em humano
Nem mais os roxos dos tombos são visíveis
Talvez o que mais me toca
Não são as lágrimas presas nos olhos
Mas sim as palavras
Que tento te roubar dos lábios
Não adianta mais piscar os olhos
Já envelheci
Mas ainda mantenho aquela bela coroa sobre a mesa
Na qual tu tocaste apenas uma vez,
Mas é aquele único momento
Que foi capaz de me imortalizar.
Incontestavelmente eu**
terça-feira, agosto 22, 2006
Breathe
E por incitação mútua,
Tu me beijaste
Foi como tocar o chão
Uma verde agitação me invade
Mas o vento carrega os estilhaços
Para quem sabe, um campo de centeio
Ou para o pé do teu ouvido.
Incontestavelmente eu**
sábado, julho 29, 2006
All Good Things Come to an End
Já me cansei de correr,
Não fostes ti quem me desejou?
Pois cá estou eu,
Diante de ti
Não há porque isolar as maneiras
Mas eu te garanto
Que irei te corroer aos poucos com palavras
Tu irás morrer um pouco diariamente
Os gritos meus foram abafados
E eu não ousarei se quer derramar uma lágrima por ti
O céu já não tem estrelas,
A natureza acompanha a minha desilusão
Tu serás o primeiro ser humano a morrer de culpa.
Incontestavelmente eu**
segunda-feira, julho 24, 2006
(Sem Título) IX
O paraíso tomba perante meus pés
Tua ausência não é notada
Os lírios murcharam
As penas se soltam da armadura
E a tua queda surda não me revela nada além do que já sabia:
Tu és uma mentira.
Incontestavelmente eu**
quinta-feira, julho 06, 2006
Passive aggressive bullshit - um poema sobre desilusão
Tente acompanhar as minhas sombras
Vês como elas dançam?
Consegues sentir a mesma brisa que eu?
Onde estão as tintas?
Com a mordaça, teus lábios se movimentam mais lentamente
[do que o normal
Mas mesmo sem ela, tuas palavras não me chegam
E os pincéis? Onde os deixei?
Não identifico mais a tua face, já me és um estranho
As pontas não se tocam
A claridade abafa os anseios
E já não sei se tu me amas
E a palheta? E a tela?
Nada disso importa,
Pois não tenho uma paisagem para pintar
(nosso futuro se desmoronou diante dos nossos olhos
e tu nem se comoveste com tal)
Incontestavelmente eu**
segunda-feira, junho 19, 2006
Queda
Escuto o riso das crianças
Enquanto todo o resto do mundo rodopia,
Como a bela bailarina de negro,
Meus lábios vagarosamente
Tocam o chão gelado
Durante a minha queda
À insanidade.
Incontestavelmente eu**
sexta-feira, junho 09, 2006
Durante a semana
Porque toda a semana passa. Aparentemente, umas mais rápidas do que outras, mas elas sempre passam. E nós, em sua maioria, contam as horas para que o final de semana chegue mais rápido ainda. Mas o que talvez ainda não tenha passado pela sua cabeça, é que para muita gente, no mundo inteiro, a semana pode não chegar ao fim. E o pior de tudo: em uma semana no seu futuro, ela também não vai chegar até o domingo.
Talvez seja pelo fato do final de semana trazer tanto prazer, que muitos pouco se preocupem com a segunda-feira, e muito menos com a quarta-feira. Mas o que você pode começar a fazer, é inverter a sua lógica de raciocínio, e passar a se preocupar com o que lhe acontece durante a semana, pois essa pode ser a sua última.
Incontestavelmente eu**
segunda-feira, março 20, 2006
Nessa noite
quinta-feira, março 16, 2006
Everytime, all the time
Agora tudo é revelado
As flores
Já não cantam por ti
Mas sim por nós
Até os pássaros
Cantam a canção
Do amor
Que até então,
Era esquecida pelo vento
Don't leave me
E as cores
Que pintaram a bela paisagem?
Onde estão as notas
Que nos trouxeram aqui?
Todas expostas
Na nossa frente,
Despidas de mentiras.
>> To my husband <<
Inconstestvelmente eu**
segunda-feira, março 13, 2006
As low as you go
Humano com passos errantes,
Que por um descuido do destino,
Cruzou meu caminho
Um descuido
Que trouxe lágrimas,
As quais não foram bem-vindas
Não ouses
Despertar a dor
Se não, será esta
Quem irá te consumir,
E não a vida
(como deveria ser).
>>To Blue Boy<<
Incontestavelmente eu**
quinta-feira, março 09, 2006
Sobre 2²
Me é vestido o manto da culpa
E nem sei porque sou condenada
Não te fiz nada,
Nem a você ou ninguém, nunca
Sempre amei vocês,
E vi o tempo passar lentamente
Enquanto passos me confundiam e ninavam
<
Não quero ser a razão da tua miséria,
Mas sim, a razão do brilho nos teus olhos
Sempre te amei
Me desculpe, me perdoe e não se vá.
Incontestavelmente eu**
domingo, março 05, 2006
Morte
Pois a distância diminiurá,
É inevitável que não nos encontremos
Mas prefiro me esquivar
Sei que um dia será a resposta para todas as perguntas,
Mas talvez simplesmente prefira viver nessa ignorância plena
Opto por não te ver,
Mesmo sabendo que me persegues
Tu sabes que me apavora o fato de estar ao seu lado,
Mas mesmo esse temor me traz o conforto de estar ao lado dela, dela e de todos os outros que tu abraçou
Peço apenas a ti que me possuas antes que os outros,
Pois não aguentaria sentir dor pior do que já senti.
Inconstestavelmente eu**
quinta-feira, fevereiro 23, 2006
(Sem Título) II
Quando você está aqui?
Como ser racional
Quando você não está?
Incontestavelmente eu**
Já vou
Tua vida em minhas mãos
Tua alma aos meus pés
O egoísmo me toma
E sinto as moscas se aproximarem
Escuto os teus gestos
E estudo seu olhar
Já não tenho medo
Então logo irei partir
Adeus minha bela.
Incontestavelmente eu**
segunda-feira, fevereiro 20, 2006
Carta de um Suicida
Meus familiares,
Peço, em primeiro lugar, desculpas por partir sem avisar, e temo que esta seja uma ida sem volta.
Encontrava-me em estado deplorável, e provavelmente, nem aqueles que conviviam comigo poderiam dizer isso, pois minha aparência era impecável. Mas somente eu sabia o que passava no meu interior...
Minha vida já não é a mesma, na verdade, continua sendo a mesma, e isso que me fez refletir e rever todos os meus valores. Nada mudou, toda a minha rotina se manteve a mesma durante anos, e isso em particular me incomodava.
Em meio a toda essa mesmice, me deparei com as perguntas. E foram essas que me abriram os olhos. Percebi que nunca tinha feito nenhum questionamento antes, e conseqüentemente, perdi muitas formas de aproveitar a vida (como nem todos sabem, as perguntas que questionam a vida fazem com que ela tenha sentido). Mas acho que demorei tanto para perguntá-las, que não havia mais lógica nelas. Foi então, quando uma outra pergunta maior me surgiu “Onde vou encontrar as respostas?”. Meus caros familiares, e amigos, sigam o meu conselho, nunca se perguntem isso. Foi essa infeliz questão que me levou a loucura. Mas hoje não sei mais se já era louco antes, mas isso é irrelevante.
Tudo o que me lembro são trevas entre esse meu período de insanidade mental. E foi um período longo e doloroso, coisa que não recomendo nem ao meu pior inimigo.
Sinto em dizer, que a luz me veio depois desta carta. Para ser mais exato, vou vê-la quando estiver com meu canivete sobre meus pulsos.
Ah sim, peço desculpas pelas letras borradas. Foram escritas com o meu sangue. Achei que isso daria um tom dramático para a minha morte, afinal, sei que esta será notada por poucos, e afetará a vida de menos ainda.
Agradeço por toda a atenção de você, leitor, que teve a paciência de ler uma carta de um suicida, encontrada ao lado de seu corpo nu. Perdoe-me pelo horror e provável enjôo que te fiz passar ao ter que retirar a carta de entre minhas pernas... mas tudo isso faz parte do meu “grand finalle” desta noite, como gosto de chamá-la, minha noite.
Grato pela atenção.
domingo, fevereiro 19, 2006
Não há mais você
As palavras que digo aqui,
Não cabem mais em meus lábios
Muito menos os sorrisos,
Ou se quer em teus braços
Nada mais importa
Para essa gente sem feição
Que perde sua imagem
A cada passo andado
Refletida em mim,
Está você
Estava você
Pois hoje não está mais
Você me deixou,
E perdeu sua forma
Em meio à multidão
Agora não vejo nada
Estou perdido não mais nos seus olhos,
Mas sim na ausência deles.
Incontestavelmente eu**
quinta-feira, fevereiro 16, 2006
Não há
Mas clamo apenas pelo teu olhar
Foi então, quando pedi ao vento
Que me trouxesse a minha bela flor,
Mas nenhum de nós sorriu.
quarta-feira, fevereiro 15, 2006
Nada mais
E tú me mostra a verdade,
A vejo em meio as sombras
Enquanto tú a vê entre águas cristalinas
Abro então, as portas do meu mundo para ti
Nada além da escuridão
E súplicas pela vida
Feitos por aqueles apaixonados na razão
Trago a ti, a alma do mundo
E a ordem sobrenatural do espetáculo da morte
Beije o fogo, e durma com ele
Respire a química que um dia a trará pra mim.
Incontestavelmente eu**
segunda-feira, fevereiro 13, 2006
Seja
Beije o meu saber
Flua através da verdade
E veja nada mais além de você
Incontestavelmente eu**
domingo, fevereiro 12, 2006
Lábios de uma Morte
Em todo o rosto que olho,
Quem encontro, és tú
Com um sorriso diabólico
Entre suas madeixas loiras
E seus fulminates olhos azuis
És tú quem me aguarda depois da esquina,
Depois da ladeira que tú devoras
Quando teus lábios vierem de encontro com os meus,
Sentirei a pesada culpa de não ter te sorrido de volta
Naquele fim de tarde que apreciávamos o céu em toda a sua pureza.
Incontestavelmente eu**
E depois?
E depois? A morte.
Incontestavelmente eu**
(Sem Título)
Toco as negras pétalas da verdade
Sinto a frieza de tuas mãos
E durante tua queda à penumbra
Me deparo com o teu abandono
E com o meu sufoco sem a tua brisa
Incontestavelmente eu**
sábado, fevereiro 11, 2006
Apenas um começo...
Grata pela atenção...
Incontestavelmente eu**