sábado, julho 29, 2006

All Good Things Come to an End

Já me cansei de correr,
Não fostes ti quem me desejou?
Pois cá estou eu,
Diante de ti

Não há porque isolar as maneiras
Mas eu te garanto
Que irei te corroer aos poucos com palavras
Tu irás morrer um pouco diariamente

Os gritos meus foram abafados
E eu não ousarei se quer derramar uma lágrima por ti
O céu já não tem estrelas,
A natureza acompanha a minha desilusão

Tu serás o primeiro ser humano a morrer de culpa.

Incontestavelmente eu**

segunda-feira, julho 24, 2006

(Sem Título) IX

A cidade está em chamas
O paraíso tomba perante meus pés
Tua ausência não é notada
Os lírios murcharam
As penas se soltam da armadura
E a tua queda surda não me revela nada além do que já sabia:
Tu és uma mentira.


Incontestavelmente eu**

quinta-feira, julho 06, 2006

Passive aggressive bullshit - um poema sobre desilusão


Tente acompanhar as minhas sombras
Vês como elas dançam?
Consegues sentir a mesma brisa que eu?
Onde estão as tintas?
Com a mordaça, teus lábios se movimentam mais lentamente
[do que o normal
Mas mesmo sem ela, tuas palavras não me chegam
E os pincéis? Onde os deixei?
Não identifico mais a tua face, já me és um estranho

As pontas não se tocam
A claridade abafa os anseios
E já não sei se tu me amas

E a palheta? E a tela?
Nada disso importa,
Pois não tenho uma paisagem para pintar
(nosso futuro se desmoronou diante dos nossos olhos
e tu nem se comoveste com tal)

Incontestavelmente eu**