segunda-feira, agosto 13, 2007

Beijo


Foi uma convivência meramente insuportável,
Que não mais era predestinada
Enquanto eu rumava para o meu teto de madeira,
Deixava para trás todas as roupas contigo

Um dia eu sei que foi certo
E amanhã saberei do leite que chega à porta
Mas cabe ao presente me sentar no colo, para niná-lo sem me esmorecer
Daí então caminhei até um pingüim que veja só, estava sentado bem do teu lado!

As palavras já não fluíam com o vento,
E me partia cada vez mais ver todos os bules do mundo, todas as chaleiras a gritarem fumaças pelo [ar

Nas árvores então passei a habitar,
Não tinha mais medo de altura e não tinha medo de cair
Todos os receios que tinha perto de ti, sumiram
E o dia mais revelador de todos foi quando cai pela primeira vez

Deixava-te para trás e senti a terra embaixo dos meus pés,
A matéria orgânica era o compasso de uma triunfal retirada
Eu sou tudo e todos, sem hesitação ou inquietações
Passei a transbordar por todas as matérias

Foi no dia que quebrei o céu, que criei rachaduras nas nuvens
Que tu imploraste por mais um cheiro, mais um sabor do real medo de viver
Mas daí meu amigo, já estávamos longe demais de qualquer beijo
Foram então em sete dias que fugi, cai, deitei e morri.



Incontestavelmente eu**